CONCEITO:
Modelos de negócio são as diversas formatações que os empreendimentos adquirem ao utilizar a Internet como canal primário ou secundário de comercialização. Como uma lista completa de modelos de negócio poderia se tornar quilométrica, na medida em que qualquer serviço ou produto existente pode ser comercializado via Internet, sistematizamos todas essas alternativas em três grandes grupos: Comerciante,Corretagem e Publicidade com suas respectivas variantes.
COMERCIANTE: Modelos de negócios que envolvem a comercialização de serviços ou produtos tangíveis/digitais para pessoas físicas (e-tailers) ou jurídicas. Pode ser um negócio totalmente baseado na Internet ou com reforço de uma loja tradicional.
CORRETAGEM:
Modelos de negócios dos chamados facilitadores de negócios na Internet. São sites que facilitam e estimulam a realização de transações, através da manutenção de um ambiente virtual, que coloca em contato e aproxima os fornecedores e os potenciais compradores.
PUBLICIDADE:
Modelos de negócios que utilizam o conceito das emissoras de TV e Radio, o chamado “Broadcasting”. Oferecem produtos e serviços, gratuitamente, como informação ou entretenimento, geram um grande volume de tráfego e obtém receita através de anunciantes que desejam atingir esse público.
VEJA ALGUNS TIPOS DE MODELOS DE NEGÓCIOS
LOJA VIRTUAL
A loja virtual pode ser compreendida como uma Web site em que uma determinada empresa promove sua marca, seus produtos e serviços. Em um estágio
mais avançado, esta mesmo loja pode permitir transações, tornando possível a venda de produtos ou serviços através da Web.
A receita do vendedor, neste caso, ocorre através da redução de custos (estrutura da loja virtual é mais barata), maiores vendas e também através da comercialização de propaganda na Web site, por exemplo, “banners”. Exemplos deste modelo de negócio são as livrarias “Submarino.com.br” ou Amazon.com.
“E-PROCUREMENT”
Este modelo de negócio representa um ambiente eletrônico em que empresas comprem/obtenham matérias-primas e outros suprimentos, por exemplo. O chamado “e-procurement” tende a reduzir custos, elevar a qualidade, melhorar o processo de entrega e reduzir os custos transacionais. As receitas tem sua origem na redução de custos e na obtenção de melhores opções de compra.
SHOPPINGS VIRTUAIS
Um shopping virtual é um conjunto de lojas virtuais, normalmente abaixo de uma marca conhecida. As receitas dos shoppings virtuais têm sua origem em taxas de afiliação (uma loja paga uma taxa para fazer parte do shopping), comercialização de propaganda e uma porcentagem cobrada de cada transação realizada dentro do shopping.
Alguns exemplos de shoppings virtuais são: o Banco Bradesco, que através de seu Web site - www.bradesco.com.br - mantém parcerias com diversas lojas; além dos portais como Yahoo! e Excite que também disponibilizam shoppings virtuais.
LEILÕES VIRTUAIS
Leilões virtuais apresentam as mesmas características de um leilão tradicional, entretanto as ofertas de compra e a promoção dos produtos são conduzidas eletronicamente. Este modelo de negócio gera receita através da venda da plataforma tecnológica, cobrança de taxas para cada transação realizada, além da venda de propaganda. Arremate.com, Lokau.com e E-bay.com são exemplos de leilões na Internet.
COMUNIDADES VIRTUAIS
O elemento básico de uma comunidade são seus usuários, que contribuem com comentários e informações (Armstrong e Hagel, 1996). As comunidades geram receita através de taxas de inscrição e de propaganda. O Ivillage.com È um exemplo de comunidade para mulheres.
PLATAFORMAS DE COLABORAÇÃO
Este modelo de negócio envolve a construção de ferramentas, plataformas e um ambiente de informação que possibilite a colaboração entre empresas. Uma plataforma que auxilie o trabalho em grupo de engenheiros no desenvolvimento do design de um determinado produto, tal como a Deutsche Telecom/ Globanaís Industrial Cooperation System, È um exemplo. As receitas são geradas a partir da cobrança de taxas de inscrição, uso e manutenção.
MERCADOS ELABORADOS POR TERCEIROS
Este modelo de negócio ocorre quando empresas desejam terceirizar sua presença na Web para uma empresa que ir• cuidar de todo o processo; desde a divulgação dos produtos na Internet até o sistema de logística para a entrega dos produtos comercializados online. A empresa que constrói estes mercados geram receita através de taxa de inscrição e uma taxa cobrada para cada transação realizada.
INTEGRADORES DA CADEIA DE VALOR
Integrar as diversas etapas da cadeia de valor, explorando o fluxo de informação entre cada etapa é o objetivo deste modelo. Receitas são geradas através de taxas de consultoria e taxas cobradas por transação.
PROVEDOR DE SERVIÇOS DA CADEIA DE VALOR
Este modelo focaliza em uma etapa específica da cadeia de valor, tal como meio de pagamentos ou logística, com o objetivo de tornar esta determinada atividade em uma vantagem competitiva. Exemplos de empresas nesta categoria são a UPS e a Fedex, que focam esforços na logística.
PROVEDOR DE INFORMAÇÕES
Este modelo está• relacionado a disbonibilização de conte˙do na Internet ou a intermediários que criam adicionam valor à grande quantidade de conteúdos/informações presentes na Web. Um exemplo são os diretórios da Web site Yahoo! que organizam em categorias os diversos Web sites existentes.
A origem da receita neste modelo está• no pagamento de uma taxa de inscrição para acessar aos diversos conte˙dos ou também na comercialização de propaganda. Timmers (1999) afirma que a dependência deste modelo na propaganda está fundamentada na hipótese de que o investimento em publicidade na Internet irá continuar crescendo exponencialmente. Caso esta hipótese não se concretize, outras fontes de receita deverão ser encontradas, algumas possibilidade incluem: a cobrança de uma taxa de inscrição para utilizar os serviços prestados ou a cobrança de taxas para cada transação realizada. A cobrança de taxas por transação tende a uma evolução para o modelo de mercados elaborados por terceiros anteriormente descrito.
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